15 abril 2010

Vendaval

Dia 14 de abril de 2010.Quarta feira. Quase 12:00. Caindo um temporal na cidade.

Após o terminio das aulas, e a chuva parecia ter diminuido , hedina e eu nos arriscamos, em sair com nossas sombrinhas para casa. Logo na porta do colegio, Emerson se enfiou na minha sombrinha. Andando pela calçada, iriamos passar por uma poça de agua enorme no meio da pista, e ja vinha vindo os carros, Emerson e eu nos desesperamos:
-vai hedina! vai hedina! rapido a possa!
Hedina parecia não entender a situação de calamidade. Ela demorou um tempo pra se ligar, mas era tarde de mais o carro ja estava quase na poça, só restou fazer uma coisa:
- AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!
Ufa! o carro passou longe da poça , então saimos correndo.
Prestes a descer a ladeira ( gigante por sinal)minha sombrinha virou ao avesso. E quando chegamos em cima da ladeira, o vento estava tão sinistro, que quebrou minha sombrinha, e o mais engraçado, foi que Milton e Emerson estavam no mesmo guarda chuva (guarda chuva , e não sombrinha como a minha), pararam pra discutir:
- que droga!o guarda chuva quebrou!
Quebrou mesmo.Só a sombrinha de Hedina estava sobrevivendo ao desastre. Nossos cabelos pareciam ter criado vida,começaram a voar, pra cima, pros lados... andávamos, contra o vento, com as sombrinhas na cara, sem olhar a rua a frente, um carro buzinou e se não fosse isso íamos ser atropeladas. Hedina imaginou:
- se o dhi estivesse aqui , estaria rindo , da nossa cara!
- se ele estivesse aqui estaria todo molhado também!
Hedina foi para um lado e eu pro outro, vim o resto do caminho com Milton e Emerson, que não paravam de discutir:
- Você ja esta todo molhado!
- Eu tenho livros dentro da mochila
- São do meu guarda chuva , sua casa é pra lá
- Não importa....
Minha sombrinha virou ao avesso de novo, tava uma bagaço aquela altura, as pernas ensopadas, a mochila molhada, ate os cabelos molhados! A sombrinha se revoltou e virava de um lado para o outro. Quando ja estava perto de casa, um poste estava entrando em curto, sai correndo, por causa do para raios que eu estava usando ,como sombrinha. Quando tudo parecia estar chegado ao fim , revirei os olhos : Iria descer a ladeira da rua da minha casa, mais vento , mais sombrinha que voa, mais cabelo que vive. Olhei a cidade do alto la ladeira e ela ja tinha sumido no breu. Entrei em casa molhada dos pés a cabeça, joguei a sombrinha no chão, ate meu caderno molhou , ainda bem que foi na borda.Era o fim do mundo!

Quando tudo estava resolvido, ja a noite, uma das minhas ruas - isso porque minha casa tem duas ruas- estava alagada, mas nem tando, mas teve gente que foi olhar , e um dos meus vizinhos, com um sombreiro quadrado gigante e vermelho, chamava a atenção, só que um outro vizinho não o tinha visto, e começou a conversar , e o vizinho do sombreiro chegou atras dele , os guarda chuvas se bateram , e o espanto dele foi tando que berrou no meio da rua:
-aahhoi, que é isso ! uiuiuiui
Bom o dia, estava fantástico ate meu pai chegou em casa ensopado!

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